segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Armando Dionísio Capontes, 59 anos


O que faziam na Olaria?
- Servia a infusa para a banha do porco, para a carne de vinha d'alhos, ressalga de barro para salgar a carne de porco, alguidar de barro para levar o comer para o pessoal para a fazenda, alguidares pequeninos para quando não se trazia muita gente, para o comer, tudo, tinha aqueles pratos como a mãe falava que é tudo em barro, punha-se nas lapinhas, punha-se tudo, e era tudo uso de antigo, agora já ninguém usa mais aquele sinal.
Era só isso. Tinha toda a raça: tinha a infusa, tinha a púcara, tinha o alguidar pequenino, tinha o alguidar grande, tinha o alguidar médio, tinha várias... E tinha a ressalga de pôr a carne de porco salgada.

Também faziam telha na olaria?
- Não, não, ali era só à base de infusas, alguidares de barro, tudo, não tinha nada de telha ali. Era tudo aquela base. Eles tinham que ir com o Sr. Valério e o Sr. João, pronto, eram os donos da olaria.

Quantos trabalhadores empregavam?
- Na altura eu era pequeno, não posso dizer, não posso saber, da minha altura já não havia, a olaria estava terminando, ainda existia lá uns cântaros...

Quando é que acabou?
- Mais ou menos em 1970... Não me lembro. Já havia a eira do trigo, já começaram a criar o trigo e a saruga já ia toda para lá. Era aqui em cima. Acabaram com tudo.

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